Asilar ou não asilar eis a questão
Sarah Fernanda Nunes Marques
É para lá que todos iremos. Atualmente, cuidamos do nosso corpo e da nossa mente! Buscamos alternativas mais e/ou menos evasivas para prolongar a nossa vida, buscamos ter um presente são para termos um futuro digno. Não importa o que fazemos, quem somos e como agimos, nós queremos chegar à velhice!
É o desembarque da pessoa, a velhice é uma classificação social (BOSI, 2007:77).
A velhice já não pode ser um assunto/situação fadada ao esquecimento, a população mundial envelhece e a brasileira segue as mesmas estatísticas mundiais. Vivemos mais e vivemos bem e queremos viver melhor e com essa temática vêm as questões de como, quando e onde lidar com este desafio. (DE ARAÚJO & LOPES, 2010:47).
E trataremos aqui sobre a questão asilar que está diretamente ligada à temática da longevidade humana.
É importante salientarmos que o conceito de asilo nos países do hemisfério sul – e neles, também, Brasil – é determinado como lugar de solidão e esquecimento, esconderijo para o que (quem) não queremos ter por perto, depósito de velhos, exclusão social, pois a palavra asilo está ligada a instituição que remete-nos a presídios, hospitais, orfanatos e asilos. (DE ARAÚJO & LOPES, 2010:51).
Porém, Lucas Graeff (2007) apresenta-nos, no breve relato de sua pesquisa antropológica e etnográfica, uma visão diferente dos asilados e que a instituição não é fechada e que lá existe um mundo compartilhado que, mesmo restrito, permite ao morador a reconstrução da sua identidade social em um novo local e em um novo corpo. Afinal, com a velhice, o desgaste físico e, em muitas vezes, mental são características integrantes e permanentes não desse fechamento de ciclo vital que é a velhice, mas de um novo processo que requer aprendizado e para isso também requer um tutor. (DE ARAÚJO & LOPES, 2010:52). Nos cuidados com a criança, o adulto “investe” (grifo do autor) para o futuro, mas em relação ao velho age com