Ascetismo e o capitalismo
Segundo o minidicionário luft (p.85, 2002), ascetismo é: “A doutrina filosófica ou religiosa que se baseia no desprezo do corpo e das sensações corporais e que, por meio da ascese, isto é, exercício espiritual que visa à prática das virtudes por meio de orações, estudo, meditação, mortificações e penitência, assegurar o triunfo do espírito sobre os instintos e as paixões”.
Para Weber, a revolução protestante trouxe o ascetismo, uma grande contribuição, sendo um fator decisivo para o desenvolvimento do capitalismo, isso justifica, segundo a visão de Weber, porque o desenvolvimento do capitalismo, tal qual o conhecemos, só se deu no ocidente. Para ele, no oriente houve um razoável desenvolvimento econômico, mas não segundo os critérios adotados pelo homem ocidental, ou seja, comportar-se de uma maneira na qual suas ações visavam um fim. Esse comportamento foi marcado, inicialmente, em todas as áreas da vida do homem protestante. Assim, os novos valores diziam respeito, sobretudo ao trabalho, isso porque o trabalho passou a ser encarado sob uma nova perspectiva, pois ao invés de tê-lo como uma ocupação daqueles que eram desfavorecidos, não sendo, portanto bem visto pela nobreza, o trabalho passou a ocupar lugar de destaque na vida do novo homem ocidental, inicialmente o protestante. Esse novo homem tinha um padrão de vida diferenciado, isto é, vivia segundo alguns princípios. Dessa forma, para Andrade e Anselmo, Weber diz que esse homem tinha sua vida moldada no seguinte princípio: disciplina, parcimônia, discrição e poupança. Sendo que pela disciplina o homem deixa de levar uma vida desregrada, sem horários e compromissos, ociosa, passando a desempenhar com eficiência sua missão social e espiritual. Na parcimônia, o indivíduo virtuoso não deve ser impulsivo, mas ponderado e capaz de tomar decisões controladas. Da mesma forma, a discrição é a capacidade de levar uma vida reclusa e sem ostentação. Por outro lado, poupança é controlar