As várias formas de violência como forma de manutenção do poder
“Ao se analisar a necessidade que o homem tem de conquistar e, principalmente, manter o poder, fica bem claro o quanto o uso da violência tornasse uma ferramenta de grande valor, que deve ser usada da forma certa e no momento correto, para que o seu efeito não seja mais danoso que satisfatório.” Quando se lê o parágrafo acima a primeira idéia que nos salta é de ofensa. Ofensa ao conceito humanitário de sociedade e do valor do trabalho de grandes lideres que conquistaram seus seguidores sem um ato de agressão; e que tiveram como princípios básicos o diálogo e seu ideário pacifista. É claro que levantaram rapidamente os exemplos de Mahatma Gandhi, ou Martin Luther King. Realmente, dentro do raciocínio apresentado, eles estão muito além de qualquer idéia de luta armada, briga, ou agressão. Mas deixemos bem claro que eles são exceções... Mas que, de certa forma não só comprovam a regra, mas que a reforçam, pois eles tornaram-se lideres como resposta a grupos que usavam da violência para manter o status quo, mas também eles sofreram das várias formas de violências que são utilizadas pelos mantenedores do poder. Quando se pensa na palavra violência é natural imaginar cenas de embates físicos, ou alguém se sobrepondo a outrem através de agressão, tal como a idéia de Marx, para quem o Estado é um instrumento de violência sob o controle das classes dominantes, ou Max Weber, para quem "o Estado é o domínio de homens sobre homens com base nos meios de violência legítima, isto é, supostamente legítima". Mas é importante salientar que a violência existe em um espectro bem maior, onde podemos notar desde a já citada violência física, até mesmo a violência moral e a violência psicológica. A forma como esses atos de violência e os objetivos que se deseja alcançar com eles é que definem como uma pessoa, um grupo social, ou mesmo uma nação assimilam-na, de forma subliminar, indireta, ou diretamente, muitas vezes sem poder