Breve analise histórica da violência no brasil e em goias
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Ao analisar um breve histórico da violência no Brasil e em Goiás faz-se necessário em um primeiro momento questionar quando um ato é considerado violento afinal a própria colonização brasileira foi um ato de violência contra o direito de propriedade. Afinal em que momento a violência existe ou não? Hoje tomamos os atos dos colonizadores como brutais contra os grupos que já viviam em terras “descobertas”, mas, há época seus atos foram justificados pela necessidade de expansão comercial e territorial. Vemos a mesma coisa nos dias atuais em que a violência é “justificável” pelos grupos de extermínios, pelos governantes – como os EUA na sua luta contra o terrorismo- entre outros. Entretanto, apenas fazemos esse aparte como forma de pensar a violência, não é nossa intenção aprofundarmos esse questionamento e sim instigar um pouco a reflexão sobre a violência. Ferraz define em sua obra que a violência surge da interação entre os homens e essas interações podem ser benéficas ou maléficas, não há em um primeiro momento como determinar o caminho que essas interações vão seguir. Esses atos só são possíveis de ser estudado ainda segundo Ferraz em “nível global, da capacidade de seus membros de gerar atos construtivos e destrutivos” (1994, p.18).
Durante a construção da civilização brasileira assim como da civilização humana em nível global o homem sempre procurou meios sejam sociais, econômicos, políticos, culturais, educacionais, ou outros, de controlar a violência no chamado processo civilizatório, em sua tese Simões sugere que “a civilização procura cada vez mais controlar a violência física em função do incessante interesse em pacificar as relações humanas.” Entretanto, o próprio Simões admite que mesmo nas civilizações mais avançadas ainda exista a “barbárie”, ou seja, a violência. Na História do Brasil, assim como de outras sociedades a violência passa a ser determinada e determinante a partir do momento em que se a caracteriza, diferencia e atribui uma punição, no