Artigo Weber
Tocqueville diferenciou a revolução de três formas; a primeira forma são revoluções políticas; a segunda forma são revoluções súbitas e violentas que procuram não só estabelecer um novo sistema político, mas transformar uma sociedade inteira; e uma terceira lenta e morosa forma, mas com profundas transformações de toda a sociedade e que toma várias gerações.
Gostaria de dialogar aqui sobre a segunda tipologia destacada por Tocqueville; a revolução violenta que procura estabelecer um novo sistema. O insucesso desse tipo de revolução se não em curto prazo – ponto no qual ela alcança um resultado e não um fim – em longo prazo, aonde o seu insucesso é provável. Provável é o termo mais indicado ao caso para me afastar de um possível pensamento falacioso; pois que de acordo com o observador pode ser apontado ao menos um caso aonde esse tipo de revolução pode se gabar de ter alcançado sucesso duradouro. De qualquer forma o grande aspecto a ser discutido no sucesso deste tipo de revolução é seu aspecto ético; e mais precisamente seu uso da ética da convicção. A revolução armada e sua ética da convicção se apoiam no ponto moral de que os fins justificam os meios, sendo assim, em prol do fim que é de forma mais ou menos transparente estabelecer um novo sistema; a luta armada é