logistica fiat
A partir de 2014, quando tudo estiver funcionando, 2.065 veículos vão convergir todos os dias para o epicentro do complexo, que terá a fábrica da Fiat e 14 outras indústrias fornecedoras em um mesmo terreno de 4.440 hectares. Isso equivale a 20% da movimentação de todo o Complexo Industrial Portuário de Suape, que provoca engarrafamentos gigantes no entorno, em horários de pico.
O futuro do trânsito na Mata Norte é um dos grandes alertas contidos no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Fiat. Por isso, pensar o polo automotivo é mais que falar em geração de empregos, concreto e máquinas. É pensar uma gigantesca operação logística: o transporte rotineiro de pessoas, material e produção. A tarefa exigirá criatividade e muito dinheiro, tanto da montadora quanto do poder público. Apenas a Fiat, quando estiver funcionando, terá 4.500 funcionários.
Os fornecedores no mesmo terreno somarão outros 7.500. Além disso, também haverá centenas de veículos para transportar todo esse pessoal, fora a movimentação das cargas e o escoamento da produção da própria Fiat. Só para se ter uma ideia do gigantismo da produção, cada automóvel será montado com mais de 6 mil componentes vindos de fornecedores.
A capacidade de produção da Fiat será de 200 mil a 300 mil automóveis por ano, o que significa 45 veículos por hora ou ainda um a cada um minuto e 20 segundos. “Pensamos o fluxo logístico para não haver cruzamento entre as pessoas e o carro acabado. É um grande esforço”, comenta o diretor de Relações Industriais da Fiat, Adauto Duarte. Para entender a dificuldade que tudo isso significa, é preciso mostrar os números básicos de transporte estimados pela Fiat. A maior parte do pessoal do complexo chegará e sairá em 180 ônibus que farão as viagens em cada turno de trabalho (serão