As veias abertas da américa látina
Resumo descritivo, |
AS VEIAS DA AMÉRICA LATINA
A América Latina passa por várias mudanças que ainda convivem com marcas de um passado que faz questão de manter-se vivo. Ao mesmo tempo em que esses países anunciam investimentos na integração econômica dentro do continente, em seus próprios territórios vêem aumentar a miséria da maior parte de sua população. As contradições são visíveis na sociedade latino-americana, e elas podem ser usadas como explicação para muitos dos problemas e desafios que o continente enfrenta atualmente.
A América foi descoberta em 1492. Três anos após o descobrimento, Cristóvão Colombo dirigiu uma campanha que dizimou os índios da Ilha Dominicana, sendo que alguns dos que sobraram, acabaram sendo vendidos como escravos. Eles eram o combustível do sistema produtivo mas apesar disso o sofrimento por qual passaram foi enorme. Muitos se suicidavam e grande parte era derrotada por bactérias e vírus vindos da Europa. O desnível do desenvolvimento entre os conquistadores e os índios pode explicar o motivo de tais derrotas. A população de índios sofreu perdas enormes. Num primeiro momento após o descobrimento, os principais objetos de exploração foram os metais, particularmente a prata, em Potosí (na Bolívia) e o ouro, em Ouro Preto Minas Gerais (no Brasil). Nesse processo, a maioria dos índios pereceu. Alguns tentaram resistir, mas eram massacrados. Grande parte dos metais explorados na América Latina servia somente para enviar aos países europeus. No caso brasileiro quem se beneficiou foi a Inglaterra.
A busca do ouro e da prata foi o motor principal das conquistas, e quando se descobriu a rapidez e facilidade de plantar cana-de-açúcar, passaram a explorar isso também, o que trouxe como consequência o aumento do número de escravos negros trazidos da África. O açúcar era tratado como um artigo de luxo cobiçado pelas elites europeias.
Até meados do século XVII o Brasil foi o maior