As veias abertas da america latina

A princípio observa-se que o autor Eduardo Galeano desenvolveu a divisão internacional do trabalho, países que se especializam em ganhar e outros que se especializaram em perder. Diante do exposto, compreende-se o texto em análise, pois a América Latina desde os tempos remotos especializou em perder, ou seja, matéria prima, alimentos, petróleo, ferro, café, dentre outras mercadorias que são exportadas para países ricos, assim ganham consumindo diferentemente, da América Latina que produz e a lucratividade é menor, devido aos impostos que cobram os compradores do que os preços que recebem os vendedores. Considera-se, portanto, “ que a região continua trabalhando como um serviçal”. América Latina também se extraem diversos minerais que servem menos a seus donos e mais a quem sabe aproveitar a oportunidade. A Europa e os EUA são quem, além de tudo, determinam os preços, a forma de comercialização e o destino dos produtos. Por aqui, ocorre uma curiosa inversão das leis de mercado, com crescente aumento do consumo e cotações cada vez mais baixas, em desfavor dos pobres produtores. Nossas riquezas são objetos de assalto e quem consome ganha muito além daquele que produz. Para os países que possuem grandes reservas minerais pode ser, muitas vezes, até perigoso, já que estrangeiros cobiçam e acabam por estabelecer, de uma forma ou de outra, seu destino. Vale ressaltar que grande parte dos metais explorados na América Latina servia somente para enviar aos países europeus, no caso brasileiro quem se beneficiou, particularmente, foi a Inglaterra, além do mais, quase tudo o que era consumido no Brasil, vinha da Inglaterra, inclusive as vestimentas dos escravos negros que trabalhavam nas minas brasileiras.