As veias abertas da america latina
II – CONTEÚDO
A obra é estruturada em duas partes, num total de cinco capítulos.
1. PARTE I - A POBREZA DO HOMEM COMO RESULTADO DA RIQUEZA DA TERRA
1.1 - CAPÍTULO I – FEBRE DE OURO, FEBRE DE PRATA
Tão logo os europeus chegaram à América, procuraram com enorme ânsia explorar as terras recém descobertas e nessa busca encontraram uma enorme quantidade de prata e ouro. Tal era o volume destes metais que em torno de sua extração formaram-se esplendorosas cidades. Essas cidades abrigavam grande número de imigrantes oportunistas e colonos pobres ou escravos "convenientemente" traficados para realizarem trabalhos penosos e a baixos custos, o que gerou lucros espantosos sem, no entanto, resultar em avanço para as províncias.
Criaram um sistema de álibis para as consciências culpáveis, massacrando qualquer revolta e derramando muito sangue, usurpando a riqueza local e sentenciando-nos ao subdesenvolvimento. Quando os metais acabaram só restou desolação.
1.2 - CAPÍTULO II - O REI AÇÚCAR E OUTROS MONARCAS AGRÍCOLAS
Produtos agrícolas negociados a peso de ouro no estrangeiro também faziam parte do variado cardápio das fontes de capital latino remetido aos colonizadores. Cana-de-açúcar, cacau, látex, algodão, café etc foram produzidos nos grandes latifúndios até o esgotamento da terra ou a manutenção da demanda.
A classe dominante sempre conseguiu manter-se no poder ao custo do adiamento de uma reforma agrária esperada há séculos e massacrava revoltas com extrema violência. Os grandes latifúndios, em sua maioria ociosos, permitiram a manutenção da pobreza e impediram a produção de alimentos mais baratos.
1.3 - CAPÍTULO III – AS FONTES SUBTERRÂNEAS DO PODER
Das terras da América Latina também se extraem diversos minerais que servem menos a seus donos e mais a quem sabe aproveitar a oportunidade. A Europa e os EUA são quem, além de tudo, determinam os preços, a forma de comercialização e o