as utopias
O último quartel do século passado foi marcado pela intensificação do debate sobre a relação entre CIDADE e MEIO
AMBIENTE, fruto dos questionamentos dos princípios do urbanismo moderno, dada a crescente situação catastrófica das metrópoles e o quadro de alienação do homem contemporâneo. è A segregação espacial, tanto étnica quanto social, nas grandes concentrações urbanas, assim como os problemas decorrentes de uma postura predadora em relação à natureza e seus recursos, fizeram com que surgissem críticas, desde o segundo pós-guerra, ao funcionalismo, estandardização e suburbanização da cidade, alegando sua monotonia e forte ênfase ao individualismo.
Paralelamente à abertura interdisciplinar que ocorreu na área do planejamento urbano e o amplo desenvolvimento do desenho urbano, ocorridos entre as décadas de 1960 e 1970, as UTOPIAS
URBANAS eclodiram com o avanço da
Era da Informática, da Contra-Cultura, da crise energética e do despertar ecológico. è Embasadas pelas críticas empreendidas pelo urbanismo humanista, assim com pelas idéias difundidas desde dos anos 50 por nomes como Herbert Marcuse (1898-
1979), Burrhus F. Skinner (1904-90),
David Riesman (1909-2002) e os irmãos Goodman, surgiram 02 (duas) vertentes utópicas:
Ø TECNOTOPIA: solucionava os problemas através da tecnificação de ambientes (tecnocentrismo);
Ø ECOTOPIA: voltava-se para o resgate da relação harmoniosa com a natureza (ecocentrismo).
A idéia de assentamentos humanos sociais e ecologicamente sustentáveis ganhou força a partir dos anos 70, em especial, após a Contra-Cultura, que apresentou comunidades alternativas, embasadas no desejo de se abandonar um modelo de vida dominante e apontar um possível caminho para a sustentabilidade urbana.
TECNOTOPIA
Em meados da década de 1960, uma nova geração de arquitetos apresentou a utopia em resposta ao descontentamento produzido pela situação da arquitetura e urbanística modernas. Suas proposições
– na maioria inviáveis – serviram de