Introdução Uma das características do tempo atual é a rapidez da circulação da informação. Estamos num mundo mundializado. A criação, o armazenamento, a transmissão, a exibição, a codificação, a comparação, a indexação breve, o processamento da informação tende a atingir velocidades vertiginosas. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) propendem a uma total abrangência social e pessoal. O computador e os seus periféricos – que são a soma, o centro e o prolongamento das tecnologias modernas - invadem desde o campo do lazer, do trabalho, até o domínio das necessidades vitais como a saúde. Um estudo minucioso do progresso humano revela-nos que o desenvolvimento não é só fruto do acaso (Lamarck) e da adaptação (Darwin) mas, da capacidade de gerar, transmitir, processar, armazenar e recuperar informação. É significante o facto que as TICs constituem o domínio do conhecimento mais desenvolvido nas últimas décadas e que no conjunto, poucas inovações tecnológicas provocaram tantas mudanças na sociedade num tempo tão record. As TICs são hoje o símbolo, a linguagem e a memória da modernização. Elas fundamentam, hoje em dia, o bem-estar e o progresso. Considerando só o aparecimento acelerado e cada vez melhor de sistemas informáticos sempre mais sofisticados, não temos medo de afirmar que as TICs estão a aprofundar, massificar e diversificar o conhecimento. Falando do conhecimento, a sociedade tem a escola como instituição autorizada e patenteada para criar, aprofundar, transmitir, massificar e diversificar o conhecimento. As TICs vêm rivalizar com esta intuição tradicional? Em que medida um convívio pacífico e enriquecedor por ambos é possível? Quais são os falsos contubérnios e justaposições falaciosos sobretudo para a escola em particular e para educação em geral? No quadro de uma reflexão final sobre a cadeira das TICs na educação, neste ciclo de mestrado em organização e administração escolar, tentaremos balizar pistas de resposta a essas perguntas.