As relações afetivas através das cantigas de roda.
Justificativa:
No passado as cantigas populares eram aprendidas com amigos e familiares, transmitidas oralmente dos mais velhos para os mais novos. Elas embalavam as brincadeiras das crianças e estreitavam os vínculos entre elas. Hoje em dia essa cultura não é difundida, por isso o papel da escola em ensinar essas cantigas como uma forma do brincar, para os alunos é fundamental e uma forma de inserção social. Tomando brincadeira enquanto fato social como Brougére: “Brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de significação social que , como outras, necessita de aprendizagem.” (1998 p. 20), assim justificando o papel tão importante da escola de dar subsídios para criança manifestar e construir sua cultura lúdica.
Mesmo porque as cantigas são ótimas oportunidades de se trabalhar de forma prazerosa a afetividade e a socialização no grupo. Desenvolvendo também o senso de organização coletiva por meio da roda e o senso rítmico pela música e pelo movimento corporal que ela cria. As cantigas de roda favorecem a relação da criança com o outro sendo permeada sempre pela afetividade.
Segundo Leite e Tassoni (2000, p.5), A afetividade, por sua vez, tem uma concepção mais ampla, envolvendo uma gama maior de manifestações, englobando sentimentos (origem psicológica) e emoções (origem biológica). A afetividade corresponde a um período mais tardio na evolução da criança, quando surgem os elementos simbólicos. Segundo Wallon, é com o aparecimento destes que ocorre a transformação das emoções em sentimentos. A possibilidade de representação, que conseqüentemente implica na transferência para o plano mental, confere aos sentimentos uma certa durabilidade e moderação.
Sendo assim essa proposta vem para oportunizar um trabalho desenvolvido com um olhar para aprendizagem que favorece o desenvolvimento da afetividade entre os pares. Onde