AS RAÍZES DA ÉTICA
Na filosofia clássica a ética buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. Praticamente todos os filósofos da antiguidade entendiam a ética como esse estudo dos meios de se alcançar a felicidade (eudaimonia) e investigar o que ela significa. Durante a idade média, no entanto, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e pelo islamismo, e a ética passou a ser centralizada na moral devido às interpretações dos mandamentos e dos preceitos religiosos. No renascimento a partir do século XVII, os filósofos redescobriram os temas éticos da antiguidade, e a ética foi entendida novamente como o estudo dos meios de se alcançar o bem estar e a felicidade.
Confúcio (551- 479 a.C)
“Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos”.
Os princípios do pensador chinês Confúcio tinham uma base nas tradições e crenças chinesas comuns favorecendo a lealdade familiar, a veneração dos ancestrais, o respeito para com os idosos e com suas crianças. Confúcio ao expressar seus ideais, como o mais famoso deles: “Não faças aos outros o que não queres que façam a ti” gerou o sistema filosófico da ética da reciprocidade que mais tarde passou a ser chamado também de confucionismo. Entre as preocupações do Confucionismo estão a moral, a política, a pedagogia e a religião. O Confucionismo encontrou uma continuidade histórica única, pois além de uma tradição religiosa ele passou a ser considerado uma filosofia ética, social, e ideológica. Para Confúcio, perder a calma era um ato condenável enquanto a moderação era valorizada acima de tudo.
Aristóteles (384 - 322 a.C)
“Nosso caráter é o resultado da nossa conduta”.
Em sua principal obra sobre ética “Ética a Nicômaco” Aristóteles afirma que a felicidade não consiste nos prazeres, riquezas e honras, mas sim em uma vida virtuosa. Essas virtudes por sua vez são