As Profissões e o Mercado de Trabalho no Brasil
O mercado de trabalho brasileiro registrou grande dinamismo na última década, com forte geração de emprego, o que tornou possível absorver as pessoas que ingressavam na População Economicamente Ativa (PEA) e parte dos desempregados, criando vínculos de trabalho formais, com melhores salários e redução do tempo de espera por um novo emprego. Os indicadores positivos foram observados também em 2012, apesar do baixo crescimento econômico. Ressalte-se, porém, que esse dinamismo não conseguiu superar as desigualdades de gênero e raça, ainda muito presentes no mercado como um todo.
A economia brasileira vem apresentando crescimento (especialmente se comparada à outros países), embora a taxas não tão robustas como as verificadas até 2010: em 2013 o país cresceu 2,3%; em 2012, 1%; e em 2011, 2,7%, – ou seja, abaixo da média de 2004-2010, de 4,5% ao ano. Setorialmente, houve deterioração no desempenho da indústria, com resultados abaixo da média da economia nos anos considerados, e outras atividades econômicas enfrentaram certa volatilidade no período. No caso do comércio e, especialmente, da agropecuária, ocorreu melhora entre 2012 e 2013. Outro indicador com considerável instabilidade foi o de investimento.
O mercado de trabalho, porém, continuou avançando, na comparação com períodos anteriores, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 – a mais recente disponível. Permaneceram os movimentos de redução das taxas de desocupação (tabela 1) e da desigualdade dos rendimentos do trabalho (gráfico 1) e houve expansão nas taxas de formalização, no número de contribuintes da Previdência, nos rendimentos médios do trabalho e na escolaridade dos ocupados, assim como continuidade no aumento do peso do emprego assalariado formal frente ao total da ocupação.
As negociações coletivas também refletiram esse cenário virtuoso, com crescimento das que registraram aumento real de salários. Setorialmente,