As perpectivas construtivista e historico cultural na educação escolar
I. O conflito cognitivo na perspectiva sócio-construtivista (ocidental):
Os textos dos quais foram extraídas as idéias aqui consideradas estão indicados na nota de rodapé.[2] Para estes autores, o ponto de partida das reflexões sócio-construtivistas sobre o ensino de ciências é que as mudanças conceituais que se espera dos alunos necessariamente devem passar por uma situação de conflito entre as estruturas de conhecimento adquiridas na vida cotidiana de cada um e as observações de fenômenos naturais que não conseguem ser explicadas satisfatoriamente a partir da base conceitual do cotidiano. O outro ponto fundamental que está na base das reflexões construtivistas é que todos devem estar comprometidos com a coerência interna do pensamento e com a adequada generalidade dos conceitos. Isso implica um constante esforço de superação de eventuais incoerências ou explicações não universais por meio de novas experimentações, novas previsões e testes empíricos, etc.
Para satisfazer tais condições de trabalho em sala de aula, é fundamental que o professor saiba produzir contradições (conflito) no aluno.
“O professor de ciências está comprometido com um ensino crítico quando procura estabelecer um clima na classe no qual a construção do conhecimento científico se realiza mediante o emprego explícito de contradições