AS ORIGENS DO PENSAMENTO SOCIAL
Uma primeira questão a ser investigada quando estuda-se o Renascimento é: "sob quais fundamentos se sustentava o conhecimento no período medieval e como eles começaram a se alterar com o Renascimento?"
Nas aulas podemos perceber que o Renascimento caracterizou-se como um período de transição entre o mundo medieval e o mundo moderno. Na guisa de tal compreensão, entendemos que o feudalismo - com sua estrutura econômica baseada em relações de servidão, justificadas pela vontade divina - começou a ruir com a ascensão do Comércio, a Reforma Protestante, as Grandes Navegações e o Descobrimento da América, eventos que exigiram a formação de uma nova estrutura política e econômica (basta lembrar que o poder no feudalismo era descentralizado, no qual cada feudo possuía relativa autonomia administrativa): a centralização do poder e a formação dos Estados Nacionais. Com o feudalismo em ruínas, o conhecimento começou a se alterar, deixando de ser uma revelação resultante da compreensão e da fé passando a ser o resultado de uma bem conduzida atividade do pensamento. O que o Renascimento renasce é o espírito especulativo grego, e mais, "[...] a vida terrena parece adquirir cada vez mais importância e com ela a própria história, que passa a ser concebida de um ponto de vista eminentemente humano" (COSTA, 2005, p.30).
Para auxiliar na compreensão desse período adentramos em dois grandes nomes: Thomas Morus (1478-1535) e Nicolau Maquiavel (1469-1527). A "Utopia" e "O Príncipe" respectivamente.
Tarefa:
Analise os fragmentos abaixo, apresentando as diferenças entre eles em relação ao pensamento político-social:
1. Afonso X - século XIII
"Vigários de Deus são os reis cada um no seu reino situado sobre as gentes para mantê-las em justiça e em verdade no temporal [...]. E os santos disseram que o rei é senhor colocado na terra no lugar de Deus para cumprir a justiça e dar a cada um o seu direito, e além disso o