As origens do pensamento cientifico sobre o social
1.1 As origens do pensamento científico sobre o social
Desde que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, busca explicações para os fenômenos que o circundam. A partir desta preocupação básica, o homem torna-se produtor de conhecimento sobre o mundo. Num primeiro momento, as explicações sobre o funcionamento da natureza e da vida humana são dadas a partir de mitos, depois cria-se a religião, a filosofia e a ciência.
O conhecimento mítico manifesta-se através de um conjunto de estórias, lendas, crenças. Os mitos carregam mensagens que traduzem os costumes de um povo e constituem um discurso explicativo da vida social. O mito se explica pela fé, sem a necessidade de comprovação.
Segundo Meksenas, “o mito fez com que o ser humano procurasse entender o mundo através do sentimento e busca da ordem das coisas”.1
Na medida que o homem desenvolve sua consciência, sente necessidade de descobrir as leis que regem o mundo e procura entendê-lo de um modo racional. Enquanto o mito, através de estórias contribuía para o homem aceitar o mundo, a filosofia atuava no sentido de compreender o porquê das coisas.
O conhecimento filosófico também é valorativo, mas se apóia na formulação de hipóteses, é pautado na razão e tem como finalidade buscar uma representação coerente da realidade estudada.
Como afirma Lakatos, “o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da razão humana”.1
A importância da civilização grega (300 a.c.) para a história da humanidade, foi que, nesta civilização, nasceu a filosofia. Para aprofundar os estudos, vale a pena a leitura de autores como Platão e Aristóteles.
Como afirmava Sócrates “não existe no mundo conhecimento pronto, acabado e que se desejamos chegar à raiz do conhecimento, devemos – em primeiro lugar – criticar o que já