As origens agrárias do capitalismo
2. Relato da obra
Em “A origem do capitalismo”, Ellen Meiksins rebate a ideia de que o capitalismo surgiu nas cidades. "Uma das convenções mais arraigadas da cultura ocidental é aquela que associa capitalismo a cidades. O capitalismo supostamente nasceu e cresceu nas cidades", remonta a autora em sua frase inicial do texto.
Todavia, apesar da afirmação aparecer uma verdade, ela vai questionar: "A tendência de identificar capitalismo com cidades e comércio urbano tem sido acompanhada pela inclinação de considerar o capitalismo mais ou menos como uma decorrência automática de práticas tão antigas quanto a história humana, ou até mesmo como a conseqüência automática da natureza humana, a inclinação “natural” para o comércio, nas palavras de Adam Smith “truck, barter and exchange”".
Em contrapartida, ela afirma que é preciso entender o capitalismo em sua especificidade e ela não seria identificar o sistema econômico com o aparecimento das cidades. Ao contrário, seria certo examinar as origens agrárias do capitalismo. De antemão, recorre-se aqui, às páginas finais da reflexão deWood para dizer: não se trata de falar aqui de "comerciantes" ou "industriais"
Ao responder o tópico "No que consistiu o “Capitalismo Agrário”?", a autoria vai introduzir a importância do mercado para o capitalismo. Ela explica que a relação entre produtores e apropriadores é mediada pelo mercado. Ela afirma que o mercado existiu em outros momentos econômicos, fora o capitalismo, mas é nele que vai ser essencial: "O mais importante é que capital e trabalho dependem do mercado para as condições mais básicas da sua reprodução".
A autora vai mostrar que a Europa vivia ainda um período pré-capitalisa, mas existia uma exceção: a Inglaterra, que apresnetava uma importante unificação. E esta unificação, seja política ou social, se assentava em um pressuposto econômico: "A base