AS OPORTUNIDADES DA ESCOLA NA HORA DAS MÍDIAS

BABIN, Pierre; KOULOUMDJIAN, Marie-France. As oportunidades da escola na hora das mídias. In: Os novos modos de compreender a geração do audiovisual e do computador. SP:
Edições Paulinas, 1989, p. 147-166.

AS OPORTUNIDADES DA ESCOLA NA HORA DAS MÍDIAS

AINDA SERÁ PRECISO A ESCOLA?
Ainda será preciso a escola? Sim, e mais do que nunca, por três razões: a comunicação, a distância, a memória.
É próprio da informação audiovisual ser onipresente e de fácil acesso. Em Montreal, na margem sul do São Lourenço, encontra-se um edifício sem pretensão, "telecabo-videotron", que, sem dúvida, é um dos melhores sinais do futuro próximo. Alguns estúdios, de onde emerge uma antena modesta: ali se abriga um cérebro distribuidor de vinte canais de TV e de uns cinco mil documentos audiovisuais por encomenda. A maioria das pessoas da região têm o cabo por um preço máximo de 35 francos por mês. Podem, a qualquer hora, escolher o .programa que lhes convier, aprender História sob forma de entretenimento, encomendar uma aula de fotografia ou de jardinagem. Se tiverem problemas emocionais, podem até fazer aparecer na tela seu biorrítmo, memorizado pelo computador1. Tudo é muito simples. Os assinantes têm em mãos um pequeno seletor para os 36 canais de televisão

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O biorrítmo estabelece a curva individual de saúde, de vitalidade e de nível emocional a partir da data do nascimento. Espécie de "astrologia" baseada em relações calculadas por computador. a sua disposição: treze canais dão-lhes as cadeias oficiais de TV canadense e americana, alguns outros lhes dão permanentemente informações usuais, a saber: hora, meteorologia, pequenos anúncios, deliberações da Câmara dos Comuns de Ottawa, mensagens locais da "comunidade", preços do mercado etc. Por fim, se os jogos ou informações recentes não lhe convém, o assinante pegará seu catálogo: cinco mil fitas de vídeo no repertório, com 20% de mudança todo ano. Basta escolher e telefonar para a central do videotron: