As mulheres na Africa
Juliana Constantin Resende, Juliana Lopes Lima & Thyfani Domingues da Silva
A “moldura” em análise
Juliane Cristina Bessa*
Fernando Silva Teixeira Filho†
Kwame Yonatan P. Santos*
Juliana Constantin Resende*
Juliana Lopes Lima*
Thyfani Domingues da Silva*
UNESP – Assis
Resumo: Considerando que nossa prática tem o intuito de desconstruir estigmas e estereótipos socialmente produzidos e institucionalizados a partir das normatividades de gênero e sexualidade, este trabalho propõe uma reflexão em torno de duas questões que nos tem causado inquietações: o sigilo e a ética relativamente ao atendimento dos pacientes que nos procuram. Isto porque, a maioria dentre estes são LGBTs (lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e transgênero), e que por estarem em situação de “guetificação” criada pela homofobia e redimensionada pelo contexto de cidade do interior, estão sujeitos a conviver e a se relacionar, o que facilita serem atendidos pelo mesmo projeto de estágio ou terem amigos/as ou namorados/as neste. E é nessa configuração, que o grupo encontra-se interpelado por dilemas éticos que se impõe à relação terapêutica, forçando-o a se reposicionar a respeito da estética, isto é, da
“moldura” – setting; da política do tratamento, ou seja, da transferência; e da ética e do sigilo, forçando estes conceitos ao limite.
Palavras-chave: Ética, sigilo, clínica psicológica, LGBT, diversidade sexual
*
Estudantes de psicologia, estagiários do projeto Clinic@rte
Professor Assistente Doutor junto ao Depto. Psicologia Clínica da UNESP, Campus de Assis.
Supervisor do projeto Clinic@rte
†
Revista de Psicologia da UNESP 10(2), 2011.
7
A “moldura” em análise
Este artigo trata da apresentação e problematização de questões éticas implicadas na realização do projeto de estágio e extensão denominado Clinic@rte. Tal projeto é financiado pela Pró-Reitoria de