As mudanças
O Brasil tem passado por profundas mudanças sociais nos últimos anos. As medidas do Plano Real de 1994 trouxeram uma grande estabilidade para a economia brasileira, acabando com o período de hiperinflação que dominou o país a partir década de 1980 até metade da década de 1990. Deste modo, o país atravessou um período considerável de estabilidade econômica e política, sobrevivendo a crises econômicas potencialmente desestabilizadoras, com um entusiasmo de causar inveja a vários países ocidentais. Na verdade, o país foi um dos primeiros do mundo a sair da atual crise e recentemente, entre janeiro e abril, foram criados mais de 950.000 novos empregos formais – assinalando um crescimento econômico que deverá se aproximar de 7% em 2010.
Baixos índices de inflação facilitaram o crédito, enquanto os aumentos de renda ampliaram mais ainda o poder de compra – o crédito ao consumidor cresceu 28% ao ano nos últimos três anos. De 2003 até 2008, mais de 24 milhões de pessoas no Brasil saíram da pobreza, estas geraram um aumento da proporção da classe baixa e da classe média de 43% em 2003 para 53,6% em 2009. Além disso, esse crescimento se espalhou de maneira consideravelmente uniforme entre a população. A medida de desigualdade do coeficiente gini [1] diminuiu gradativamente de um pico de quase 0,57 em 1993 para 0,52 em 2007, indicando uma consistente melhora. Em comparação, o coeficiente gini dos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, subiu nos últimos 20 anos marcando 0,47 em 2007.
O Brasil deverá reduzir a pobreza mais rapidamente do que qualquer outro país do BRIC. Outros indicadores mostram uma população cada vez mais urbanizada, gradativamente mais idosa, com melhores níveis de educação; com uma maior proporção de mulheres no mercado de trabalho, com um índice mais baixo de mortalidade infantil e com uma maior expectativa de vida.
Esse crescimento recente representa um grande impulso para o