As motivações políticas da revolução inglesa
Quando da reforma religiosa na Inglaterra, iniciada em 1529, Henrique VIII lançou mão para que o poder político e econômico detido pela Igreja Católica, até então, fosse ‘transportado’ à coroa. Assim como tentou controlar o comercio e a indústria, ainda que continuasse a retroceder perante a burguesia devido a dependência, frente a esta, de fornecimentos e empréstimos. Até o final do século XVI monarquia e burguesia compartilhavam interesses, entre eles a luta contra a Igreja Católica, Espanha e outras casas nobres rivais. Explica-se, por esse motivo, a cooperação no Parlamento entre a monarquia, a pequena nobreza e a burguesia. As classes econômicas ainda não tinha se cristalizado. Na última década do século XVI a burguesia deixa de depender da proteção da monarquia, conscientizando a Coroa de que a crescente riqueza daquela poderia se tornar um perigo.
É nos reinados de Jaime I e Carlos I que se dá o processe de ‘cristalização’ das classes. Enquanto as terras não produziam mais como antes, a pequena nobreza feudal tornava-se extremamente dependente da corte para os ganhos econômicos. A medida que a monarquia Stuart se tornava menos útil à burguesia, tornava-se indispensável à aristocracia e aos cortesãos. Seria, até certo ponto, a sobrevivência economia que os levaria a lutar veementemente na Guerra Civil. Com Jaime I há uma mudança de iniciativa no parlamento. A Câmara dos Comuns continua a representar a classe