A independência dos estados unidos
O final do século XVIII foi marcado na Europa pelo início do processo de queda do Antigo Regime, caracterizado pelo colapso do Estado Absolutista e sua substituição por um novo tipo de estado, chamado Estado liberal. Como marcos desse processo podemos destacar a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e a independência dos EUA.
Motivados pelos ideais iluministas ao pregarem o direito à liberdade e de resistência a um governo autoritário e pela tentativa da Inglaterra de aumentar o seu controle sobre a região, os colonos das 13 colônias inglesas passaram a questionar o domínio metropolitano. Portanto, a independência dos EUA traz em questão, principalmente, o tema da liberdade diante da metrópole que procura submeter os colonos ao seu controle político e econômico. Mas veremos que essa idéia de liberdade não abarcou a todos. Que liberdade é essa que servia apenas para alguns?
A colonização e a questão da autonomia
A colonização inglesa na América do Norte não foi feita a partir de um plano sistemátizado, em parte pelas características das colônias, em parte pela própria situação interna da Inglaterra, durante os séculos XVI e XVII, com suas crises sociais e econômicas. Portanto, nesse período a metrópole esteve predominantemente ausente e raramente interferia na vida interna das colônias.
Com a instabilidade inglesa, a emigração foi uma alternativa. Fugindo das perseguições religiosas e políticas e das dificuldades econômicas, comunidades inteiras emigraram para o Novo Mundo, formando as 13 colônias inglesas. Fundadas em momentos diferentes, assumiu formas diversificadas quanto à sua estruturação.
As colônias do Norte, que possuíam um clima temperado semelhante ao da Europa, dificilmente poderiam oferecer algum produto de necessidade européia. Isso favoreceu o desenvolvimento de uma organização colonial voltada para a policultura (produção de diversos produtos), para o mercado interno e não tão dependente dos interesses