direito
A ética paternalista cristã afastava-se cada vez mais com os interesses dos comerciantes. O mercantilismo inglês era fiel a dois princípios: primeiro ao bíblico, referia-se a promoção do bem-estar geral das criaturas de Deus. O segundo definia toda a sociedade civil como um patrimônio de Deus. Nesse período, o Estado começou a tomar o lugar da Igreja assumindo a função de interpretar e de zelar pelo cumprimento da ética paternalista cristã.
As Origens Medievais das Políticas Mercantilistas.
Os primeiros indícios de uma política econômica do tipo mercantilista remontam ao reinado de Eduardo I (1272-1307). Esse monarca decretou a expulsão de várias empresas estrangeiras da Inglaterra, estabeleceu o comércio inglês de lã na Antuérpia e por diversos meios tentou regulamentar o comércio que se realizava no interior do país.
A Secularização das Funções da Igreja.
Durante o reinado de Henrique VIII, a Inglaterra rompeu com o catolicismo romano. O estado convertido em monarquia divina assumiu o papel e as funções da antiga Igreja Universal. Seu reinado, assim como o de seus sucessores, foi marcado por intenso descontentamento social motivado pelo desemprego e pelas condições de vida da população. O regime de cercamento dos campos foi um dos responsáveis pela onda de desemprego. A população já não podia contar com o auxílio social da Igreja, ficando então, a cargo do Estado esta responsabilidade. Os líderes da Inglaterra desenvolveram um amplo e organizado programa, com a finalidade de desenvolver a indústria nacional e assim desenvolver o comércio e diminuir o desemprego. Os mercantilistas davam maior importância ao comércio exterior, do que o interno, pois acreditavam que era mais significativo para a riqueza de uma nação.