As misérias do processo penal
Resumo:
A TOGA
Carnelutti ao escrever sobre a toga relata é uma vestimenta que evidencia a autoridade de quem a usa e que solenidade das roupas é a primeira coisa que se nota e impressiona ao entrar pela primeira vez em uma Corte onde se discute o Processo Penal, uma vez que estas vestes evidenciam auto grau de autoridade. A toga é também chamada de divisa porque aqueles que usam a toga ou divisa exercem autoridade e deve se distinguir daqueles sobre os quais essa autoridade é exercida. A divisa se chama também uniforme, pois une os advogados e magistrados. Nas Cortes de Justiça o uso da toga distingue e une, visto que aproxima os magistrados do advogado e os separa dos leigos.
No decorrer deste capítulo, questiona a necessidade de juízes e advogados terem de usar tal vestimenta.
O PRESO
O autor diz que à majestade dos homens em toga se contrapõe o homem na jaula. Relembrando uma experiência que viveu, relata a primeira vez que viu um homem na jaula como um animal perigoso completamente só, diminuído e estranho àquele ambiente; embora fosse de boa estatura e procurasse não se inibir, não passava de um pobre, carente e necessitado.
Para esse escritor, cada um de nós tem uma maneira de sentir compaixão, bem como de mostrar caridade, enquanto alguns concebem o pobre na figura de um faminto; outros na figura de um enfermo; o autor, por sua vez, enfatiza que o encarcerado é o mais pobre de todos, o encarcerado e não o delinquente. Ao presenciar um delito em que um homem acerta o outro com um golpe mortal, o autor enxerga o delinquente com total horror e repugnância até os policiais o algemarem, pois a partir daí o horror se tornou compaixão. A fera depois de algemada passa a se comportar como um ser humano. O autor diz também que assim como a espada e a balança, as algemas são símbolos do Direito. As algemas servem, justamente, para revelar valores intimamente ocultos do ser humano. Esse autor, também acredita que, somos