As misérias do Processo Penal
Em As Misérias do Processo Penal, observa-se a importância de sua leitura. Escrito por Francesco Carnelutti, o autor nos faz refletir sobre todo processo penal. “Precisamente no processo, é necessário fazer a guerra para garantir a paz.”
A presente obra se desdobra em doze livros. Cuja ideia principal de acordo com o autor é que, “Civilidade, humanidade, unidade são uma só coisa: trata-se da possibilidade alcançada pelos homens de viver em paz. Todos nós temos um pouco da ilusão de que os delinquentes são os que perturbam a paz e de que a perturbação pode eliminar-se, separando-os dos outros; assim, o mundo se divide em dois setores: o dos civis e o dos incivis”.
A Toga um capitulo escrito pelo autor descreve bem o significado dessa veste ele cita que, “A “divisa”se chama também uniforme.[...] A toga, verdadeiramente, como o traje militar, desune e une; separa os magistrados e os advogados dos profanos para uni-los entre-se. União que, observemos bem, tem um grandíssimo valor.
O autor tem uma visão bem humana em seu livro. “Para mim, o mais pobre de todos os pobres é o preso, o encarcerado. Digo o encarcerado, observe-se bem, não o delinquente. [...] o delinquente, enquanto não está preso é outro ser.”
“O próprio nome do advogado soa como um grito de ajuda. “ Advocatus, vocatus ad, chamado a socorrer. [...] Advogado é aquele ao qual se pede, em primeiro lugar, a forma essecial da ajuda, que é propriamente, a amizade.”
Carnelutti também fala sobre o papel do Juiz e da importância das partes para o bom desenvolvimento do processo principalmente para que o juiz mantenha sua parcialidade. “O que pode o juiz fazer para ser melhor do que o é? A única via que lhe está aberta a tal fim é a de sentir sua miséria: é necessário sentir-se pequeno para ser grande. [...] É necessário, cada dia mais, recuperar o dom do