As margens da alegria
Primeiramente ele vai se vislumbrando com a “grande cidade” avistada do avião e até então desconhecida pelo mesmo. Todas as imagens vistas por ele eram traduzidas em sentimentos de alegria e cores. Das alturas ele descobre e admira o que até então não conhecia, a natureza. A bela natureza, que ao seu olhar sem restrição, lhe causa admiração e encantamento.
Quando chega a casa, vê-se a imaginação do menino afluindo, quando ele fala das coisas que poderiam existir em um campo, segundo o trecho “podiam sair índios, a onça, o leão, lobos, caçadores?”. Todo o desconhecido na sua visão era encantador e único.
Tudo que passava aos seu olhos eram transmitidas por sensações, e a maior delas foi a felicidade ao encontrar um peru, com sua majestosa beleza. Aquela inesquecível imagem do animal, transmite sensações de entusiasmo e alegria. Ao tentar avistar o animal novamente, não o encontra, achando só penas e restos no chão. Daí se depreende a tristeza, desgosto e desengano e o conhecimento da morte, a alegria muitas vezes não era eterna. Surgem dúvidas sobre o certo e o errado, devido a terem matado o lindo animal.
As dúvidas persistem a partir do momento em que vai visitar a cidade e se depara com a derrubada de árvores e desmatamento. A raiva e mais desgosto tomam conta das sensações transmitidas pelo menino, que como na morte do peru, ele começa a entender o que era maldade, maldade esta que sabia que era errado, mas que também sabia que não podia fazer nada para mudar. Sentimento de impotência se mostra presente nesse momento.
Mais tarde se depara com um animal, que conclui na sua percepção, que não era o mesmo peru, pois não tinha toda a magnitude do primeiro. A tristeza continua, e a presença deste novo animal somente o consolava. Até que mais uma vez ele tem contato com a