As manifestações e as políticas públicas
543 palavras
3 páginas
As manifestações ocorridas no Brasil no mês de junho, inicialmente em São Paulo e depois espalhados por todo o país, tinham em comum a insatisfação da população de ter uma necessidade básica atendida pelo Estado de maneira eficiente e justa. Vimos de um lado os atores não governamentais visíveis que eram os manifestantes, liderados pelo “Movimento Passe Livre” e de outro os atores governamentais visíveis representados, num primeiro momento pelo prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e pelo governador do estado Geraldo Alckmim (PSDB), e à medida que as manifestações tomaram conta do Brasil, a presidente Dilma Rouseff (PT). Além deles temos também os atores não governamentais invisíveis na figura das empresas de ônibus, que na maioria das vezes financiam campanhas para depois cobrar dos políticos eleitos a “mãozinha” dada na campanha que os levaram ao poder, para essas empresas o mais importante é o lucro e não o bem estar do usuário do transporte público. Essas manifestações se caracterizam como uma demanda nova, já que o aumento da tarifa de ônibus desencadeou as manifestações, poderia classificar o transporte público como uma demanda recorrente, visto que é de péssima qualidade e a carga tributária brasileira uma das mais altas do mundo, mas o que entrou na pauta foi o aumento da tarifa e não as condições do transporte público em si, já que com o recuo do prefeito em abaixar as tarifas praticamente acabaram com as manifestações. Sendo assim, os atores governamentais se viram entre atender aos interesses das empresas de ônibus e as reivindicações do povo. Com a proporção nacional das manifestações as questões (issues) que podemos identificar foram: - Como manter o direito dos manifestantes em reivindicar mudanças e melhorias no transporte público sem que vejamos cenas de violência e confronto com a polícia? - De que maneira garantir o direito de ir e vir e os serviços essenciais à população em meio às manifestações? - Como reduzir as tarifas do