AS MANIFESTAÇÕES POPULARES E A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Sâmi Edla Ribeiro Grangeiro1
1- Introdução
O presente artigo científico tem por base fazer uso do método histórico apoiado por análises críticas de cunho social para discorrer sobre o tema “as manifestações populares e a democracia participativa”. Neste artigo serão feitas breves análises históricas desde o nascimento da democracia por volta do ano de 400 a.C. na cidade de Atenas até o seu desenvolvimento, passando pelo período medieval e iluminista, até chegar aos dias atuais com as manifestações e levantes populares que estão ocorrendo no Brasil.
Aqui serão apresentados um breve conceito de democracia e suas principais características, com enfoque no histórico democrático do Brasil para enfatizar a necessidade e importância da democracia participativa e das manifestações populares para fazer uma manutenção no sistema do país.
2- Breve histórico das transformações sociais até a democracia
Os primeiros governos da humanidade tinham base teocrática, ou seja, eram geridos de acordo com a religião. Esse tipo de governo era eficaz no controle da população, pois fazia uso de artifícios como a “fúria dos deuses” ou a “vontade divina” para justificar os atos de seus governantes. Não havia participação do povo nesse tipo de governo, mas sim a vontade dos representantes dos deuses. No Egito Antigo, por exemplo, o faraó era a própria encarnação de um deus e por essa razão cabia à população o dever de servi-lo.
Na Grécia Antiga imperava a mesma forma teocrática de governo. O povo para evitar a fúria divina não poderia de forma alguma desrespeitar as leis ou questionar as ações do rei. Até que, por volta de 400 a.C., surgiu na cidade grega Atenas um novo sistema de governo. Nesse novo modelo, os cidadãos atenienses se reuniam em praça pública para decidir os rumos políticos que a polis deveria tomar, se deveria apoiar ou não uma lei ou a criação de novos impostos. Aos cidadãos eram explicadas as razões da