As manifestações populares segundo as teorias sociológicas de Durkheim e Marx
1. Análise das manifestações sociais recentes, sob a ótica de duas escolas sociológicas: de Émile Durkheim e de Karl Marx.
a. Segundo o pensamento defendido por Durkheim, as manifestações ocorridas no Brasil, nos últimos meses, teriam como origem a existência de leis inadequadas, sendo a falta de princípios o grande mal social e responsável pela desordem moral. Com leis inadequadas, princípios fracos e moral abalados, o Estado enfraquece e não consegue aplicar as leis, garantir a moral e o bem estar social, culminando com a insatisfação popular que clama por ordem e pelo resgate da moral, de princípios e de um Estado forte e atuante, para garantir a manutenção da ordem.
As manifestações surgiram de uma consciência coletiva de que havia uma enfermidade social que carecia de uma solução. Um fato social, com características de generalidade, exterioridade e coercitividade. Essa consciência coletiva buscava a subsistência do organismo vivo sociedade e influenciou a ação de milhões de pessoas nas diversas regiões do país para fazer manifestações pedindo justiça social, moralidade na política e o ressurgimento de um Estado forte voltado para o bem estar social.
b. Em contraponto, ao analisar as mesmas manifestações populares considerando o pensamento defendido pelo sociólogo Karl Marx, elas seriam uma clássica luta das classes menos favorecidas por melhores condições de vida e de trabalho. Como resultado de um conflito secular ocasionado pela concentração da riqueza e do poder nas mãos de uma minoria burguesa e capitalista que mantém o domínio e a exploração da classe trabalhadora oprimida.
A organização das manifestações populares seria atribuída aos intelectuais, que tem um papel fundamental na sociedade, de desmascarar a realidade e oferecer elementos para os oprimidos lutarem em busca de uma sociedade ideal, onde não haveria desigualdades sociais nem exploração, sendo as leis alteradas para