As interfaces da Literatura infanto-juvenil: Panorama entre o Passado e o Presente.
As interfaces da Literatura infanto-juvenil: Panorama entre o Passado e o Presente. No presente artigo a autora pretende destacar o histórico do leitor brasileiro de literatura infanto-juvenil. Contrapondo duas épocas diferentes, procura mostrar as mudanças no perfil desse público, quais temas tiveram maiores procuras pelas crianças e jovens. Entre a década de 1980 e período de 1994 a 2004, a autora destaca os livros que tiveram maior venda, mostrando como os temas refletem os gostos as necessidades das crianças e jovens de cada uma dessas épocas. A autora cita Monteiro Lobato como o pioneiro nesse gênero, por pensar na importância da leitura e na estimulação desse hábito como também o prazer pela leitura, não apenas restringindo a leitura à obrigação pedagógica dos livros didáticos. "Percebe-se, portanto, que Monteiro Lobato tinha a preocupação de relacionar a literatura infanto-juvenil com a educação, tentando conciliar tradição e inovação, tendo em mente, porém, produzir histórias que fossem além dos limites das paredes de uma sala de aula”. Quando se fala em literatura infanto-juvenil, percebemos a grande diversidade dos temas, o que é um fator muito positivo para o mercado livreiro. O que parece não ter mudado ao longo desses anos, foi a busca pela identificação. O leitor busca se identificar com a história, com o comportamento das personagens, com as vivências, aventuras, frustrações abordadas nas obras. Na década de 1980 uns dos livros mais lidos entre as crianças foi o livro de Ziraldo "O menino maluquinho." A obra apresenta uma personagem que se aproxima da realidade infantil. O personagem principal da obra é um garoto travesso, agito e em alguns momentos desobediente, o que não foge do comportamento das crianças, porém, além desses comportamentos ele apresenta uma bondade, um carinho com seus amigos e seus familiares. Isso faz com que o leito sinta empatia por não ser algo incomum. No entanto, os jovens dessa