As interfaces da literatura infantil
Panorama entre o passado e o presente
O artigo procura traçar um perfil do leitor brasileiro de literatura infantil da década de 80 com o dos dias atuais, considerando as mudanças que ocorreram na preferência desse público e estabelecendo as suas preferências atuais no que se refere à leitura.
O processo de formação deste gênero literário teve como pioneiro o escritor Monteiro Lobato com suas obras Narizinho Arrebitado e Sítio do Picapau Amarelo, buscando inserir em suas obras elementos educativos tentando conciliar tradição e inovação, tendo em mente, porém, produzir histórias que fossem além dos limites das paredes de uma sala de aula.
Este processo de formação contou também com os livros didáticos, porém, eles não garantem que o aluno se torne um leitor ativo pois a leitura é um hábito que deve ser adquirido por prazer e não por imposição. Um caminho para estimular a leitura nas escolas seriam os livros paradidáticos.
Atualmente o mercado livreiro infanto-juvenil é rico em obras, porém, não garante o seu sucesso devido a concorrência que o livro sofre por outros meios de comunicação mais atrativos como a TV, cinema, videogame e a internet. O livro deveria estar mais ligado à diversão das crianças e dos jovens pois estimular estes pequenos leitores é o primeiro passo para que ele seja um leitor ativo e mais consciente no futuro. Porém, apesar de toda esta concorrência, a pesquisa demonstrou que o jovem leitor esta aparentemente mais inserido ao mundo da leitura atualmente do que na década de 80, devido ao sucesso dos livros O Pequeno Príncipe e Harry Potter.
Portanto a produção literária infanto-juvenil deve ser sempre renovada, visto que o conceito de infância muda frequentemente e ela é um excelente meio de se passar valores importantes para estes leitores que estão em fase de formação moral e