As ideias de Freud
A própria impressão pode ter sido significativa ou indiferente- o que se relaciona com o fato da impressão pertencer ou não ao conteúdo latente do sonho.
Os sonhos sem disfarce, muito comuns em crianças pequenas, também ocorrem em pessoas sujeitas a privação extrema, como conta o explorador citado por Freud Otto Nordenskjold, ao relatar que seus homens, numa expedição ao Antártico, sonhavam com comida e bebida em abundância, com tabaco empilhado em montanhas ou com uma carta entregue com um grande atraso, pelo que o carteiro pedia desculpas.
Sobre as Parapraxias
Em todos os casos, quando se pensa que reina o mero acaso, ou um acidente, ou a desatenção, existe de fato um impulso atuando ou uma intenção.
Em qualquer parapraxia existe o que poderíamos considerar um ato perturbador e um ato perturbado.
A intenção que se manifesta é a de cometer o ato perturbador, não o perturbado.
Uma intenção deve ter sido, ela própria, perturbada, antes de poder se tornar uma perturbação.
Sobre os Chistes
O chiste não só salvaguarda os prazeres do jogo, mediante uma cortina de racionalidade, mas também protege e promove o pensamento, ao associá-lo a uma fonte tão evidente de prazer.
Estaremos menos preparados para encontrar defeitos num pensamento se este nos fizer rir, se bem que, rigorosamente falando, não seja o pensamento mas a forma em que ele foi vazado que é responsável pelo nosso humor.
De um ponto de vista o chiste é (e permanece) absurdo; e de um outro ponto de vista, ele é (e permanece) lógico.
"Nada distingue os chistes mais claramente de todas as outras estruturas psíquicas que essa duplicidade de discurso e esse duplo sentido."
O chiste é essencialmente uma atividade social: é "a mais social de todas as funções mentais que visam à obtenção de uma certa soma de prazer".
Ora, o que Freud quis dizer não foi simplesmente que o ouvinte de um chiste se beneficia com o