As eras organizaçionais
AS ERAS ORGANIZACIONAIS E A GESTÃO
A história das teorias administrativas é indissociável da história das teorias organizacionais; estas, por sua vez, respondem ao contexto nas quais se originam e para o qual operam.
Nesta perspectiva, podemos caracterizar, dentro das teorias administrativas, etapas nas quais a ênfase se coloca nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas ou no ambiente. Este modo de caracterizar a história das funções gestoras é importante porque, na prática, os aspectos nos quais se coloca a ênfase da ação, muitas vezes, se interpenetram. Não se trata, aqui, de etapas estanques que se substituem gradativamente no tempo, mas de enfoques que são (ou deixam de ser) utilizados com maior ou menor intensidade nas diversas situações organizacionais.
A ênfase nas tarefas, iniciada na virada do século XIX para o século XX, a partir das propostas de Taylor, reflete bem o contexto da industrialização iniciante, preocupada em eliminar o desperdício e as perdas daquilo que constitui sua principal fonte de riqueza: as máquinas, a matéria prima, a mão de obra e o capital. Para isso, retira-se do trabalhador a autoria do seu trabalho, impondo-lhe um modo correto (the best way) de fazer o que deve ser feito.
Uma segunda perspectiva na história da administração coloca a ênfase na estrutura organizacional. Esta abordagem desdobra-se em três teorias:
- Teoria clássica de Fayol: prescreve e normatiza as ações do administrador (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar), apresentando princípios que se baseiam numa abordagem orgânica e estrutural das organizações.
- Teoria da Burocracia de Weber: fugindo ao sentido que o senso comum atribui à palavra, a burocracia é entendida, nesta abordagem como o modelo pelo qual a racionalidade atinge o grau máximo numa organização humana, entendida esta racionalidade como utilização adequada dos