As diferentes vozes de uma petição
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS
O PICARESCO EM MACUNAÍMA
GABRIELA DE SOUZA ARRUDA
MAYNNE LEAL DINIZ
MONIQUE CEZAR MERENCIO GALDINO
João Pessoa
Julho/2010
GABRIELA DE SOUZA ARRUDA
MAYNNE LEAL DINIZ
MONIQUE CEZAR MERÊNCIO GALDINO
O PICARESCO EM MACUNAÍMA
Trabalho apresentado à disciplina Literatura Brasileira IV, sob orientação da Profa. Dra. Elisalva como requisito para avaliação.
João Pessoa
Julho/2010
INTRODUÇÃO
A figura do pícaro, herói sem caráter algum, não é nova na literatura. Desde tempos mais antigos, em aproximadamente 1554, La vida de Lazarillo de Tormes y de sus fortunas y adversidade, romance espanhol, discorre sobre a vida de um herói picaresco. A proposta antropofágica no Brasil, procura aliar a influência estrangeira ao resgate das culturas negra e indígena. Dentro dessa proposta, Mario de Andrade escreve Macunaíma, resgatando a temática do indígena que fora trabalhada de forma idealizada na literatura brasileira anteriormente. Assim sendo, o autor constrói o personagem Macunaíma para retratar o índio de uma forma diferente, aliando essa construção ao resgate da mitologia indígena e sua linguagem. O objetivo do trabalho atual é analisar os aspectos picarescos do personagem. Sendo assim, em um primeiro momento, buscamos analisar os aspectos modernistas e antropofágicos presente na obra. Em seguida, procuramos destacar o protagonista da obra mostrando, através de trechos do livro, o seu aspecto pícaro.
1. ASPECTOS MODERNISTAS NA OBRA
Publicada em 1928, Macunaíma é uma obra que revoluciona a literatura brasileira. De caráter antropofágico, a obra de Mario de Andrade mostra a cultura indígena brasileira através de