As Cruzadas
1) É no famoso Concílio de Clermont, assembléia católica ocorrida na cidade francesa próxima a Paris, entre 1095 e 1096, que o papa Urbano II, em seu controverso discurso, viria a afirmar: "tiremos daquela terra a perversa raça dos muçulmanos". São com estas palavras proferidas diante de clérigos, barões e camponeses - palavras bastante questionadas com o passar dos séculos, em razão de suas diversas interpretações e representações - que se dá início às Cruzadas rumo à Jerusalém no início da Baixa Idade Média. Ao analisarmos a frase de Urbano II sentimos certo tom de "violência". A partir desta visão pontifícia, quais as razões que levaram ao início das Cruzadas?
R: O termo Cruzadas passou a designar em virtude de seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) serem identificados pelo símbolo da cruz. A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus. Era o testemunho visível e público de engajamento individual e particular na empreitada divina.
O movimento cruzadista foi motivado pelo Papa Urbano II, idealizador da Primeira Cruzada que realizou sua pregação durante o Concílio de Clermont as Cruzadas Medievais devem ser analisadas por suas diferenças religiosas e pela conjugação de diversos fatores, dentre os quais se destacaram os de natureza social e econômica também como uma tentativa de superação da crise econômica que se instalava na sociedade feudal muitos nobres passam a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais, muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. As peregrinações assim como as lutas travadas contra os muçulmanos foram justificadas e legitimadas pela Igreja, através do conceito de Guerra Santa, a guerra divinamente autorizada para combater os infiéis à intensa religiosidade presente na sociedade feudal fez com