As crises e a emergência das teorias científicas
Texto elaborado com base no cap. 6 do livro: “A estrutura das revoluções científicas” de Thomas Kuhn.
No desenvolvimento de qualquer ciência, admite-se habitualmente que o primeiro paradigma explica com bastante sucesso a maior parte das observações e experiências facilmente acessíveis aos praticantes daquela ciência.
A anomalia aparece somente contra o pano de fundo proporcionada pelo paradigma. Quanto maiores forem a precisão e o alcance de um paradigma. Tanto mais sensível este será como indicador de anomalias e, conseqüentemente de uma ocasião para mudança de paradigma.
As mudanças que são causadas pelas descobertas, são tanto construtivas como destrutivas.
Depois da assimilação da descoberta, os cientistas encontram-se em condições de dar conta de um numero maior de fenômenos ou explicar mais precisamente alguns fenômenos previamente conhecidos.
A emergência de novas teorias é geralmente precedida por um período de insegurança profissional pronunciada, pois exige a destruição em larga escala de paradigmas e grande alterações nos problemas e técnicas da ciência normal.
Kuhn afirma que a invenção leva à “emergência de novas teorias”, sendo que “O fracasso das regras existentes é o prelúdio para uma busca de novas regras” (KUHN, 1975, p. 95).
Veja um esquema relativo ao Processo de emergência de novas teorias científicas e paradigmas científicos:
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Sintoma da existência de uma crise paradigmática que pode levar a uma revolução científica: “... proliferação de versões de uma mesma teoria é um sintoma muito usual de crise {científica}” (KUHN, 1975, p. 99)
Exemplos de processo de crise e emergências de novas teorias:
Filósofos gregos e a cultura helênica: Pitágoras - “... se é que realmente existiu... “ (Abrão, 1999) -, Sócrates e Platão, Aristóteles e Cláudio Ptolomeu, e a Matemática, discussão crítica e a dialética