Kuhn
Texto original:
KUHN, T. S. As crises e a emergência das teorias científicas. In: A Estrutura das Revoluções Científicas. 7 ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. 262 p. Tradução: Boeira: B. V. e BOEIRA, N. Título original: The Structure of Scientific Revolutions. Data de publicação original: 1969.
Thomas Kuhn é um respeitado físico que se intrigou há mais de 30 anos sobre algumas afirmações feitas sobre a ciência e a história da ciência. No prefácio de sua obra: “A estrutura das revoluções científicas”, o autor afirma que durante seu envolvimento com o ensino de Física experimental para não cientistas obteve contato com a história da ciência e a partir disso resolveu se aprofundar nas diferenças entre o que dizia a história da ciência e o que ocorria durante as atividades experimentais para o público leigo. Ou seja, decidiu averiguar a teoria científica em detrimento da prática por ele mesmo vivenciada.
Apesar de transcorrido mais de trinta anos da publicação da obra supracitada, esta permanece atual quando se trata de discussões epistemológicas e estruturais da constituição das ciências.
O autor enfatiza que além de serem construções humanas, as ciências são ainda e, por isso consequentemente, construções sociais e históricas. Suas pesquisas cresceram acerca do estudo sobre as práticas filosóficas das ciências desvelando verdades que se estabelecem sem questionamentos. Sendo utilizado e aclamado por cientistas das distintas áreas: nas ciências sociais, humanas, naturais ou exatas.
Para Kuhn, a acessibilidade entre as diferentes áreas do conhecimento, permitem um olhar mais atento e complexo sobre a história da ciência. Afirma que esse contato permitiu-lhe a compreensão de como se dá a construção e a validação de uma ciência, bem como sua manutenção e superação.
No capítulo 6, “As crises e a emergência das teorias científicas”, o autor afirma que