AS CRIANÇAS NA FAMÍLIA MBYA-GUARANI, QUE VIVE EM PELOTAS, RS
Indígena
Pelotas, 14, 15 e 16 de Maio de 2012
Grupo de Trabalho Territórios,
Espiritualidades e Estéticas Ameríndias
Coordenadores Mártin César Tempass
(UFPel) e Eduardo Ramon Palermo Lopez
(Estudios Historicos)
AS CRIANÇAS NA FAMÍLIA MBYA-GUARANI, QUE VIVE EM PELOTAS, RS
MARIA HELOISA MARTINS DA ROSA1
Introdução
Neste recorte de minha pesquisa, atentarei para as especificidades das crianças MbyaGuarani. Estas crianças fazem parte de uma família nuclear moradoras da Tekoa Kapi’i Ovy que se localiza na Colônia Maciel, no 2º Distrito de Pelotas, RS. Em abril de 2010, quando começamos a pesquisa, a família que morava nesta Tekoa era somente a nuclear e era composta por oito membros: Os pais Lorenzo Benites2, Santa Pereira; os filhos: Vicente,
Márcia, Denílson (jovens entre 16 e 20 anos); Catia, Isabel e Bianca (crianças entre 2 e 8 anos). Posteriormente ( em 2011) vieram morar com eles membros de sua parentela extensa
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Trabalho realizado sob a orientação da Profa. Dra. Lori Altman da Universidade Federal de Pelotas.
Quando conheci o líder da família, ele disse seu nome e o escreveu da seguinte forma: Lorenzo Benites. Com o passar do tempo, sentindo-se mais a vontade, me mostrou documentos de identidade. Então constatei que seu nome estava escrito diferente. Na sua identidade o nome estava grafado assim: Lorencio Benites. Então decidi manter a forma como ele escreveu e adotarei este sempre.
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de Caçapava do Sul ( local de onde eles vieram). Primeiro veio o sobrinho Luciano, meses depois a cunhada Anita com o filho de três aninhos Leonardo
Para compreender essas diferentes percepções do ser criança dentro da cosmologia indígena, aqui a etnia é a Mbya-Guarani. Tomo como base os estudos sobre a infância ( Silva,
2002) que defendem que da mesma forma como outros comportamentos sociais esta fase de vida é uma construção social conformada de acordo com o contexto determinado por cada