Macedo Val Ria
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA
Valéria Mendonça de Macedo
NEXOS DA DIFERENÇA
Cultura e afecção em uma aldeia guarani na Serra do Mar
São Paulo
2009
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA
NEXOS DA DIFERENÇA
Cultura e afecção em uma aldeia guarani na Serra do Mar
VALÉRIA MENDONÇA DE MACEDO
ORIENTADORA: PROFA. DRA. DOMINIQUE TILKIN GALLOIS
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Antropologia.
Banca examinadora:
Beatriz Perrone-Moysés (PPGAS/USP)
Geraldo Andrello (PPGAS/UFSCar)
Márcio Goldman (PPGAS/MN)
Maria Inês Ladeira (CTI)
São Paulo
2009
Os valores, turas, a santidade, uma tura, a sociedade, uma tura, o amor, pura tura, a beleza, tura das turas.
Julio Cortazar, 1968
Resumo
Com base em trabalho etnográfico com os Guarani Mbya e Nhandeva na Terra
Indígena Ribeirão Silveira, no litoral paulista, o investimento desta pesquisa foi acompanhar como meus interlocutores conceitualizam relações de alteridade e as inflexões trazidas pelo código da “cultura”. Em meio a iniciativas que vieram se multiplicando desde a década de
1980, o trabalho se volta para articulações e reivindicações políticas junto ao Estado, implementação de políticas públicas, projetos de manejo e eventos culturais. Entre estes, figuram a produção de CDs de corais infantis, apresentações públicas e a participação na festa Nacional do Índio que ocorre anualmente em Bertioga. Nessas e em outras iniciativas, a “cultura” é o signo que conecta e separa sujeitos a partir de marcadores como “índios” e
“brancos”, ou “Guarani” (como esse conjunto de pessoas é chamado pelos jurua) e “jurua”
(como esse conjunto de pessoas é chamado pelos Guarani). Tais marcadores, contudo, estão conectados a