As contribuições da Filosofia da Matemática na formação de professores
1. Introdução
A Matemática subsidia boa parte das tecnologias que hoje temos conhecimento: os computadores, celulares, construção civil, entre outras. No entanto, atualmente os matemáticos, aqueles que produzem o conhecimento científico, não lidam diretamente com tais aplicações. E assim surgem questões tal como a do filósofo Immanuel Kant: “Como é possível a matemática pura?”. Para responder, precisamos voltar ao período de onde a Matemática se restringia apenas às suas aplicações. A noção de número surge como um objeto sensível para facilitar a noção de quantidade entre seus objetos sejam eles pessoas de uma família ou animais em um rebanho. Conforme as aldeias e tribos aumentavam seu contingente populacional, crescia também a necessidade de contagem de conjuntos cada vez mais numerosos e os sistemas de numeração começam a ser aperfeiçoados. O mais acessível ao homem, o seu corpo, passa a ser utilizado como um artifício de contagem (pés, mãos, falanges) até começarem a surgir as primeiras calculadoras: os ábacos. Os egípcios, babilônicos e chineses passam a utilizar suas noções de numeração e operações para solucionar problemas com grande precisão. Surgem assim tabelas e problemas matemáticos de natureza empírica.
Até então, o uso de números, tabelas e operações não eram suficientes para caracterizar a matemática como ciência. Podemos afirmar, por exemplo, que quando um leite ferve ele transborda e é derramado, ao contrário da água que por sua vez inicia o processo de ebulição. Por que dois objetos submetidos às mesmas condições agem de formas distintas? A resposta é obtida através do estudo de fenômenos que seguem princípios gerais. Esses princípios gerais e o estudo de fenômenos caracterizam o que denominamos de ciência.
Os gregos introduzem as provas dedutivas que tornam a Matemática uma ciência. Mas com a evolução da Matemática surgem alguns questionamentos quanto à sua