As consequencias de uma reforma religiosa
Jeimeson Monteiro Canhete[1]
Alguns chamam de crise religiosa, outros de insubordinação ou até de insurreição, mas prefiro chamar de reforma religiosa, as ideias defendidas por Martinho Lutero por volta do século XVI. Nesta época a Igreja Católica passava por uma fase de decadência, gastos com luxo, preocupações com a vida material, padres que não sabiam rezar uma missa, ou seja, a ideia que só quem tinha bens podia “comprar” um lugar no céu, deixava os fiéis do catolicismo indignados. Lutero deu o pé inicial em sua luta reformista depois de ver um monge passando por várias regiões alemãs angariando recursos para reparação de uma Igreja Católica. Esta atitude foi vista por ele como compra de indulgências (garantia de salvação), uma das principais atitudes contrariadas pelo reformista. Em decorrência disso, o mesmo elaborou um conjunto de 95 teses, todas contra a igreja católica, fazendo com que o Papa vigente na época promovesse um documento no qual condenava as suas ideias e pedia para ele desmentir todas. De qualquer forma, Lutero rasgou em público o documento Papal, provocando a indignação da igreja. A partir daí começaram a surgir pequenas revoltas, as quais foram abafadas pela nobreza devido ao descontentamento dos fiéis influenciados pelas ideias de Lutero. A Igreja vendo a crescente perda de fiéis deu início à contra reforma católica, movimento que tinha como objetivo ganhar novamente a confiança dos fiéis. Dentro deste movimento podemos destacar a Inquisição e o Concílio de Trento (novas doutrinas baseadas em críticas protestantes). Creio que atualmente podemos perceber um descontentamento dos fiéis católicos. A renúncia do Papa Bento XVI, vários escândalos de pedofilia e homossexualismo envolvendo padres em diversos lugares do mundo nos fazem lembrar a época de Lutero. Também é possível observarmos que cresce cada vez mais o número de protestantes. Além do mais, existem