As consequências da contrarreforma
A Europa do período Moderno sofreu várias e notáveis transformações: os descobrimentos e colonização de terras até então desconhecidas, a invenção da imprensa, desenvolvimento da ciência (revolução científica), maior procura de conforto, entre outras. Politicamente a Europa também mudou, na medida em que muitos monarcas começaram a governar de forma absoluta, ou seja, surgiu o absolutismo. Mas as transformações não ficam por aqui, a nível religioso, e influencia por todas as outras transformações, a unidade do cristianismo desapareceu sem nunca mais ter tido oportunidade para se recuperar.
“O movimento da Contra-Reforma foi um dos marcos mais importantes deste período: a resposta da Igreja Católica ao aparecimento de novas religiões. O papado viu o seu poder territorial e influência diminuírem. A Contra-Reforma Católica é um dos muitos temas históricos que divide os historiadores. A problematização começa desde o termo usado: deverá dizer-se Contra-Reforma ou Reforma Católica? Segundo alguns, a primeira designação resume todas as causas e ações católicas como uma resposta à Reforma Protestante, daí o segundo termo ser considerado mais correto. Neste trabalho vamos utilizar a designação Contra-Reforma, não como forma de reduzir todas as causas a uma, mas sim como uma resposta católica a um conjunto de fatores que a fizeram “acordar” da apatia em que estava mergulhada”. (Segundo: Sílvia Lourenço)
Uma das causas tem origem no fim da Idade Média, à peste do século XIV. Esta peste foi altamente mortal. As soluções humanas não eram suficientes, daí se procurar a ajuda divina, ou seja, aumenta o interesse pela religião. As práticas religiosas tornam-se mais pessoais e não tanto no âmbito da igreja como era habitual. As pessoas sentiam necessidade duma relação mais “próxima” com Deus.
A Reforma Protestante só teve este impacto porque muitos dos Estados europeus estavam interessados num afastamento do poder papal sobre eles. As próprias pessoas