As características da nova geografia
No século XX a Geografia, orientada pelos velhos paradigmas, consegue apenas descrever e compreender realidades de um mundo tradicional.
E, apesar dos embates metodológicos travados, como o ocorrido entre Determinismo e Possibilismo, a Geografia possuía limitações que impediam de posicionar-se diante de problemas emergentes. Nem mesmo a chamada Geografia Regional de Vidal de La Blache conseguiu situar-se de forma ativa. A Geografia Tradicional torna-se insuficiente.
Como afirma Claval (1982, p. 9) “[...] a indústria, a cidade, o turismo, as migrações populacionais, os ritmos trepidantes da civilização avançada escapam-lhe”. A visão tradicional da Geografia é inábil para explicar a nova conjuntura da realidade. Justamente na tentativa de adaptar se às mudanças, a Geografia começa a remodelar-se. Após a Segunda Guerra Mundial, muitas transformações acontecem em todos os domínios científicos. Em particular, nas ciências humanas, essas mudanças são encaradas como uma verdadeira revolução. Esse fato deve-se, em boa par te, ao desenvolvimento notável dos instrumentos de trabalho colocados à disposição dos pesquisadores para, assim, atingirem os objetivos da atividade científica ditados pela expansão capitalista. “A realidade do planejamento colocava uma nova função para as ciências humanas: a necessidade de gerar um instrumental de intervenção, enfim uma feição mais tecnológica” (MORAES, 2003, p. 94).
Era preciso buscar