As Bicicletas e a Mobilidade Urbana no Rio de Janeiro. Caminho para todos.
Viver nesse mundo sempre foi se movimentar de um lugar a outro, mais ainda desde que o mundo é “urbe”. Ora, a urbe acabou se tornando sinônimo de deslocamento, da mesma forma, nem sempre trânsito foi sinônimo de carro ou pior ainda, de engarrafamento. De forma que mobilidade hoje é o termo que urge à urbe para uma forma de fazer a vida transitar e torná-la mais fluida. Assim sendo, Mobilidade vai lidar com o direito de todos por um espaço adequado às necessidades biológicas, sociais e econômicas da sociedade, da mesma forma, também abordará a justiça, já que em termos de direitos nem todo grupo social tem tido o mesmo uso-fruto da possibilidade do livre transitar, ou pelo menos não de maneira de igualdade de direitos. Na verdade, o trânsito tem se tornado cada vez mais na urbe, espaço de exclusão.
Temos sofrido muito com a falta de mobilidade sustentável. Por exemplo, a demora que um trabalhador leva no trajeto: casa-trabalho x trabalho-casa não é computado em termos de jornada de trabalho. É sabido que a forma como é feita a mobilidade extenua sua condição de produtividade e qualidade de vida. E mais, a violência no trânsito e do trânsito tem se tornado algo comum. Não se trata só do deslocamento de veículos em desacordo às normas de trânsito que promove violência. Não me refiro somente a isto, o que está além é a própria falta de mobilidade como geradora violência. Na verdade, a falta de mobilidade é em si uma das várias formas de violência urbana. Isso porque se ao mesmo tempo em que um ciclista é atropelado por um carro ou ônibus por um dos dois não haver respeitado o direito de compartilhar uma via, também é bem verdade que enquanto o trânsito se mantém estático gera frustrações e sentimentos de angústia e revolta, somadas a toda sorte de conflitos pessoais acumulados durante a semana. Um simples buzinar pode ser um indício/início de agressividade. No trânsito parado as pessoas