as abordagens do processo
Boa noite, pessoal... esta é a minha primeira contribuição com o blog e espero que muitas venham a partir desta.
Acabei de ler o livro "Pinóquio às avessas" e fiz algumas considerações que eu gostaria de dividir com todos. Espero comentários, quem sabe iniciamos a primeira de uma série de discussões.
Abraços
Teder Sacoman
O livro "Pinóquio às avessas", de Rubem Alves, narra a história de Felipe, uma criança feliz e muito curiosa que questionava sobre os mais diversos assuntos e quando sua "sede de conhecimento" estava saciada, novas perguntas estavam prontas para serem feitas.
O interessante do livro é a "metamorfose" que o garoto sofre no decorrer da história. No conto original Gepeto fabrica um boneco de madeira que ganha vida e vai à escola para ser alguém de verdade, pois é lá que ocorre esta transformação. No livro de Rubem Alves, o processo é inverso: há no início da história uma criança "de verdade", cheia de curiosidade e ânsia de conhecimento, mas que aos poucos vai sendo "engessada" pelo processo educacional até a completa imobilidade obtida com o diploma universitário.
Podemos verificar na história a presença da abordagem tradicional - através da figura da escola e dos professores - na qual a escola ensina o que se deve e não o que se deseja aprender e o professor é o foco das aulas, pois ele é o detentor de todo o conhecimento e, portanto, o responsável pelo seu sucesso escolar (mas não pelo seu fracasso, afinal, ele transmitiu todo o conhecimento necessário e os alunos não armazenarem, sendo estes os únicos responsáveis pelo seu insucesso). A finalidade é a formação do aluno quanto à preparação para o mercado de trabalho e não quanto à sua formação humana, cidadã.
Podemos notar, também, que não é apenas através da escola que se dá esse processo tradicional de aprendizado, mas através dos próprios pais que acabam por ignorar o desejo do filho - ser "cuidador" de pássaros - para que ele seja alguém de