As abordagens de Karl Marx e de Max Weber sobre classes sociais.
Na teoria Marxista, a estratificação em classes dar-se pela aproximação de pessoas e/ou grupo com uma mesma posição e que comungam de interesses similares sobre os meios de produção, exemplo proletariado e a burguesia. Neste contexto, classe se refere mais às circunstâncias que garantem (maior ou menor) acesso aos bens materiais. A relação entre classes é exploratória, uma vez que os proprietários dos meios de produção fazem uso da força laboral dos indivíduos e usava a mais-valia para revertê-la em lucro para si. Os trabalhadores produziam bem mais do que o custo que representava tê-los contratados, porém não recebiam proporcionalmente ao que produziam. Ou seja, eles se mantem pobres enquanto enricam a burguesia.
Entretanto, o próprio Marx reconhece que esta divisão é simplificada demais para um sistema que gera relações tão complexas quanto o sistema capitalista, por isso ele admitia as chamadas classes de transição.
Já Max Weber afirma que a estratificação em classes também pode ser determinada por aspectos de status e partido, pois a posição que os indivíduos ocupam na sociedade definem seus interesses. Weber aprofundou o pensamento de Marx, mas para ele haviam mais fatores que determinavam as divisões de classes que apenas objetividades econômicas, como a posse ou não posse dos bens materiais. Weber considera outros parâmetros, como habilidades, qualificações, títulos e status que podem afetar as relações que as pessoas podem estabelecer socialmente, refletindo também no tipo de emprego que elas podem conseguir. Ou seja, a ação de classe está mais vinculada com uma ação visando status e posicionamento social, do que com uma consciência coletiva de classe propriamente dita.