Artistas
2. O afastamento entre a cidade e a corte
. Tensão entre cidade e corte relacionada às suas percepções sobre a arte;
. Relações dos artistas da cidade com as cortes reinantes;
. Participação dos artesãos em assuntos voltados para a política;
. Consequências trazidas pela escassez de artesãos;
. Benefícios concebidos aos artistas restritos à corte;
. Artistas quase casamenteiros;
. Corte imperial.
A concepção de arte para a cidade e para a corte é um motivo que leva as duas a se afastarem. Para a cidade, a arte era comum, pois os homens citadinos a menosprezavam e não a compreendiam, ao contrário dos homens cultos da corte que a admiravam.
Na cidade enviar seus artistas para as cortes era um honra, mas se tornou uma pratica de traição política posteriormente. A arte realizada nas cidades passa a não mais agradar a corte, ocupada por homens cultos. Essa diferença de compreensão da arte dentro das cidades ser apenas vista como algo belo e didático e nas cortes serem reverenciadas abre o fosso entre essas duas esferas e traz consequências mais objetivas.
Os artistas começam a se envolver cada vez mais dentro do âmbito da política, em decorrência da instabilidade vivida na Europa, levando até mesmo corporações de artesãos a postos políticos. Nas cidades onde essas corporações eram menores podiam se impor, e quase sempre os artistas estavam participando desses assuntos. A grande escassez de artesãos gerados por epidemias da peste fez com que os artistas passassem a ser requisitados nas cortes, com direito a posições respeitadas e com boas compensações. Os artistas dentro das cortes passam a ter um reconhecimento com relação ao seu caráter artístico, e cada vez mais estava envolvida com o séquito do Rei se consolidada, recebendo altas remunerações e uma renda vitalícia considerável. Essa dedicação restrita a corte trazia alguns benefícios, como por exemplo, o fato de o artista poder empregar para sua ascensão os meios de