Capitalismo e serviço social
Mudar significa acompanhar de perto os pensamentos, as ideias e as atitudes dos que estão ao nosso redor compartilhar e se comprometer com novos ideais, não se esquecendo da história e dos acontecimentos que a escrevem, e retirando de dentro de nós tudo aquilo que consideramos necessário pra vivermos melhor.
Existem três grandes vertentes a se examinar para compreender efetivamente o capitalismo. Na mais aceita atualmente, fundada sob o pensamento de Karl Marx, a essência do capitalismo deixa de ser buscada na natureza das transações monetárias ou em seus fins lucrativos, o capital não é mais encarado como uma coisa e a modalidade de propriedade dos meios de produção ganha novo sentido. Nessa concepção o capital é uma relação social e o capitalismo um determinado modo de produção, marcado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo capital.
O modo de produção capitalista definia uma forma específica de relações sociais entre os homens, e entres esses e as forças produtivas, relações mediatizadas pela posse privada dos meios de produção. Definia também uma nova estrutura social, pois a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos de uma classe que representava apenas uma minoria da sociedade determinava o surgimento de uma outra classe, formada por aqueles que nada tinham, além da sua força de trabalho. Esta separação entre os meios de produção e produtor e a subordinação direta deste ao dono do capital permitem que se instaure o ciclo de vida do capital, o seu processo de acumulação primitiva.
Nas sociedades medievais as relações de troca eram simples, tal subordinação não ocorria de forma contratual, nem compulsiva. Com o tempo essa economia começa a se descaracterizar progressivamente, sendo substituída por novas formas de troca, que acentuam a separação entre proprietário e produtor. O dono da propriedade agrícola vai transformar-se em comerciante ou mercador,