Artimanhas De Um Gasto Gato
Professor (a): Ana Lucia Machado da Silva
Artimanhas de um gasto gato
Daniel Aparecido da Silva RA: 1318092
Polo Objetivo/Lençois Paulista
Abril/2015
Artimanhas de um gasto gato
A autora faz jogo de palavras, recorre à intertextualidade explícita, cria neologismos, faz da metalinguagem um tema. Diante disso, vamos aprofundar um pouco mais nossa leitura:
a) Destaque exemplos de neologismo (invenção de palavras) e discorra sobre sua importância no poema.
Gatografia = escrita do gato, que pode tanto significar que o gato está como sujeito quanto como objeto do “grafia”, ou seja, da escrita, do desenho. Como sujeito, gatografia poderia significar algo como o gato escrevendo através dos arranhões que faz, as cicatrizes que deixa no rosto da dona. Como objeto, gatografia significaria o desenhar o gato, como a autora mesma diz: não sei desenhar gato.
Hipopotas, hipogato, hiponímico = série de neologismos compostos pelo prefixo grego “hipo”, que significa cavalo, e que aparentemente foram formados em virtude de certa musicalidade dos termos colocados próximos. O emprego de neologismos no poema é importante, pois através deles percebemos uma gama muito maior de sentidos no texto que vão além do que está escrito, mas se pode alcançar, sutilmente, o que está sendo insinuado.
b) A autora fala da linguagem (do gato, mas também da linguagem do poeta) e, em especial, o papel do ser humano em nomear os seres. Que verbo sintetiza a opinião da autora sobre o ato de nomear?
O tema principal é a palavra gato, isso remete a todo comportamento e característica desse animal e quando a poetisa se expressa na palavra “gatografia”, nos traz referência ao verbo escrever.
c) Ela questiona sobre o nome gato nos versos “e o nome do gato?/ J. Alfred
Prufrock? J. Pinto Fernandes?” Sabendo que J. Pinto Fernandes é um nome que aparece no poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, nomear, escrever, desenhar são ações de que tipo: reias ou ficcionais? Afinal, o que é